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15 de fevereiro de 2013

One year ago!

Há exatamente um ano atrás, eu preparava meu coração para as emoções mais intensas da minha vida. Fato que estar longe de minha cidade natal, seria para mim já uma grande emoção e o que mais eu desejava (desejo). Preparava-me para desapegar dos meus laços familiares que é uma coisa difícil, pois além de pai, mãe e irmãs, todos são meus amigos do peito e gosto mesmo da compainha deles. Desapegar-me da minha vida social que até então era mais badalada, desapegar-me de um ninho que me abraça, que vai além de um lugar que eu durmo. Lembro-me bem da minha última noite em casa, quase não dormi. Meus olhos não fechavam e eu olhava para o teto braco imaginando e idealizando os momentos oque estariam por vir. Fiquei com medo das 9 horas dentro de um avião. Decidi então, olhar atenciosamente cada mínimo detalhe daquele momento. Como era a luz do dia que já entrava pela janela, luz fraca, meio amarela, meio branca com um pouco de frescor da manhã. As malas já estavam prontas, minha roupa dobrada para viajar, ainda algumas coisas jogadas pelo chão, meias, sapatos, roupas. As fotografias ficaram nas paredes e cada objeto de decoração no teu lugar.
Pensava nas pessoas que eu não veria, e que por qualquer infelicidade do destino talvez não veria novamente. Pensei no meu cachorro que ficaria tanto tempo longe de mim, será que ele sentiu saudades? Pensava na cidade, que lá no fundo eu pensava ilusoriamente que poderia estar melhor quando eu voltasse.
Pensei em como eu estava feliz, por fazer finalmente ir para onde eu queria. Sentir a vida mais de perto, sair da zona de conforto que para mim é mais desconfortável que qualquer cotidiano.  Às vezes o coração batia mais forte, por outras vezes não, ficava calmo como 
um lago em dia de sol. Pensava em cada detalhe que poderia acontecer e no que poderia não acontecer, eram muitos pensamentos e uma grande certeza, eu ficaria longe da minha realidade, e esta era a coisa que um pisciano mais quer (desde que sua realidade seja o que ele sonha ou talvez não).
Agora, um ano depois penso nisso como se fosse ontem. No mesmo lugar penso se foi real, lembro-me dos tantos detalhes, das tantas pessoas, dos tantos momentos e sinto a tanta saudade. Nesta vida, o que mais vale a pena, são as memórias, as memórias que nos fazem ser, saber que somos, saber que estamos vivos.
Há um ano atrás, eu dei início a um livro infinito de memórias da minha vida e hoje, já sonho (nunca parei) e trabalho para que daqui um breve tempo, comece outro livro outra vez.






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