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28 de maio de 2013
Away.
Os dias passam enquanto vivo o que tem que se viver da vida. Tudo parece fora da realidade, como se fosse um eterno estado de lisergia profunda. Tudo brilha como se fosse irreal, toda a realidade não passa de ilusão. As nuvens parecem mais próximas, o sol brilha diferente, as pessoas parecem mais distantes. As pessoas de tanto necessitar do amor, afastam-se dele. A carência é suprida por compainhas vazias, a vida é vivida sem amor, as palavras vazias são ditas aos ventos e o silêncio do infinito lembra-me da verdade. Existe o medo daqui, mas sinto-me segura, é só uma vertigem. Nada existe. Esta ilusão não vale a gota do suor, a alegria perdida, a noite perdida, a palavra mal falada, o pensamento martirizado. Somos feitos de eternidade, teimamos tanto em viver os dias certos, perdemos as tardes nas relvas verdes, os pores do sol nos dias secos, o cachorro no quintal, as flores que crescem, as crianças que estudam, as avós que envelhecem, os gatos que dormem. Dói-me ver a juventude passar enquanto atada, sei o mundo que existe lá, o mundo que existe aqui.
A vida é uma fase...vai passar!
6 de maio de 2013
Impressões, São Paulo. I
Era uma vez, uma moça perdida em São Paulo. Era uma vez, uma moça que queria conhecer algo novo e foi em busca disso na maior cidade do seu país. Foi uma vez, uma viagem incrível, uma surpresa boa, um tempo bonito, um tempo de aventuras.
Fui a São Paulo, atrás de algo nunca visto antes. Desejava ver o que aqui não se tem, um mundo novo dentro de um mundo conhecido. Um Brasil desconhecido até para os que vivem por lá. Como a maioria das cidades deste país, é tudo meio uma confusão, milhares de pessoas todo o tempo, olhos vidrados nas coisas diferentes e a atenção redobrada. Uma viagem feita sozinha, nos faz reparar em coisas que geralmente não repararmos por termos com quem dividir a atenção e as impressões. Desta vez, todas as impressões foram minhas, somente minhas, divididas no máximo com o diário de bordo de todos os dias e os intervalos acompanhados de café.
Cidade dos arranha-céus, onde olhar para o alto em busca de distinguir todas as formas, cores, texturas e tamanhos é comum.A disputa predial, às vezes deixa o céu meio escondido,despercebido, mas olhando ali entre as tênues brechas do concreto, do bom e do mau gosto, é possível ver o azul, as nuvens e até os últimos instantes do dia. Da terra onde o céu é o mar, não ter o céu exuberante presente na cidade é um tanto estranho, porém, não deixou de ser , São Paulo é um mar de prédios. Em terra de grandes espaços verdes e distancias, é muito curioso de se ver as pessoas ocupando o mesmo espaço durante o mesmo tempo que você, sentar, olhar, compreender e aprender a gostar. Na cidade do engarrafamento, o segredo para a apreciação é sentar no café e fingir que o resto não existe, enquanto delicia-se do final da tarde sombreado por árvores antigas e frescas, observando as crianças voltando para as casas próximas à escola, a moça bonita de roupa social com pressa para fazer alguma coisa mais interessante que o dia do trabalho, a mocinha que anda de mãos dadas com o namorado, o cachorro feliz saindo do apartamento e o curioso ali, invisível que tudo vê.
Em terra que se tem arte de sobra, perder tempo em shoppings é sem graça, faz perder a noção do ser, faz perder a graça de estar longe de casa. Shopping é igual ali e acolá, a graça de viajar é saber que se está longe. Na terra do brutalismo, é interessante de se andar entre os monumentos de concreto e perceber que são menos "brutos" do que são chamados e mais confortáveis que as grades transparentes, tem o verde que funde com o cinza, o fora que é dentro, o meu que é seu.
Entre ruas e avenidas, esquinas e quarteirões, vou caminhando, deixando que aconteça, ou talvez, que não aconteça nada. Não acontecer nada é o ponto para que aconteça tudo. Aqui dentro, tudo aconteceu.
Em terra que tudo é igual, é bonito de se ver diferente, e reparando bem, há muito do diferente, mas ainda assim, há tudo do igual também.
As ruelas, as surpresas, as personalidades, os céus, os contrastes, as contradições, os cafés, a variedade, as vontades, as utopias, os amigos queridos, o caos, ah o caos, fizeram de São Paulo, para mim uma cidade peculiar e única, uma boa surpresa, uma lembrança inesquecível.
Agradeço os momentos e até breve, pois volto logo!
Agradeço os momentos e até breve, pois volto logo!
Final da tarde na Av. Paulista
MASP
Ruy Othake
Livraria Cultura do Conjunto Nacional.
Estação Luz
Pinacoteca
Pinacoteca
A gente dá um jeito de sair em uma fotografia.
Para quem turista sozinho, a opção é pedir foto para o povo alheio, que geralmente sai assim, do jeito melhor enquadramento não há.
Edifício Itália e Copam atrás
Edifício Copam
Museu de Arte Contemporânea da USP - Ibirapuera
Museu de Arte Contemporânea da USP - Ibirapuera
Laje + turistas
Oca de Oscar. A gente sai de Brasília, mas Oscar não sai da gente!
Café do MAM (Museu de Arte Moderna)
Os gêmeos
A laje mais bem utilizada que já vi na vida.
Auditório Ibirapuera
Encontrei umas princesas perdidas pela parque.
Continua na próxima!
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