Era uma vez, uma moça perdida em São Paulo. Era uma vez, uma moça que queria conhecer algo novo e foi em busca disso na maior cidade do seu país. Foi uma vez, uma viagem incrível, uma surpresa boa, um tempo bonito, um tempo de aventuras.
Fui a São Paulo, atrás de algo nunca visto antes. Desejava ver o que aqui não se tem, um mundo novo dentro de um mundo conhecido. Um Brasil desconhecido até para os que vivem por lá. Como a maioria das cidades deste país, é tudo meio uma confusão, milhares de pessoas todo o tempo, olhos vidrados nas coisas diferentes e a atenção redobrada. Uma viagem feita sozinha, nos faz reparar em coisas que geralmente não repararmos por termos com quem dividir a atenção e as impressões. Desta vez, todas as impressões foram minhas, somente minhas, divididas no máximo com o diário de bordo de todos os dias e os intervalos acompanhados de café.
Cidade dos arranha-céus, onde olhar para o alto em busca de distinguir todas as formas, cores, texturas e tamanhos é comum.A disputa predial, às vezes deixa o céu meio escondido,despercebido, mas olhando ali entre as tênues brechas do concreto, do bom e do mau gosto, é possível ver o azul, as nuvens e até os últimos instantes do dia. Da terra onde o céu é o mar, não ter o céu exuberante presente na cidade é um tanto estranho, porém, não deixou de ser , São Paulo é um mar de prédios. Em terra de grandes espaços verdes e distancias, é muito curioso de se ver as pessoas ocupando o mesmo espaço durante o mesmo tempo que você, sentar, olhar, compreender e aprender a gostar. Na cidade do engarrafamento, o segredo para a apreciação é sentar no café e fingir que o resto não existe, enquanto delicia-se do final da tarde sombreado por árvores antigas e frescas, observando as crianças voltando para as casas próximas à escola, a moça bonita de roupa social com pressa para fazer alguma coisa mais interessante que o dia do trabalho, a mocinha que anda de mãos dadas com o namorado, o cachorro feliz saindo do apartamento e o curioso ali, invisível que tudo vê.
Em terra que se tem arte de sobra, perder tempo em shoppings é sem graça, faz perder a noção do ser, faz perder a graça de estar longe de casa. Shopping é igual ali e acolá, a graça de viajar é saber que se está longe. Na terra do brutalismo, é interessante de se andar entre os monumentos de concreto e perceber que são menos "brutos" do que são chamados e mais confortáveis que as grades transparentes, tem o verde que funde com o cinza, o fora que é dentro, o meu que é seu.
Entre ruas e avenidas, esquinas e quarteirões, vou caminhando, deixando que aconteça, ou talvez, que não aconteça nada. Não acontecer nada é o ponto para que aconteça tudo. Aqui dentro, tudo aconteceu.
Em terra que tudo é igual, é bonito de se ver diferente, e reparando bem, há muito do diferente, mas ainda assim, há tudo do igual também.
As ruelas, as surpresas, as personalidades, os céus, os contrastes, as contradições, os cafés, a variedade, as vontades, as utopias, os amigos queridos, o caos, ah o caos, fizeram de São Paulo, para mim uma cidade peculiar e única, uma boa surpresa, uma lembrança inesquecível.
Agradeço os momentos e até breve, pois volto logo!
Agradeço os momentos e até breve, pois volto logo!
Final da tarde na Av. Paulista
MASP
Ruy Othake
Livraria Cultura do Conjunto Nacional.
Estação Luz
Pinacoteca
Pinacoteca
A gente dá um jeito de sair em uma fotografia.
Para quem turista sozinho, a opção é pedir foto para o povo alheio, que geralmente sai assim, do jeito melhor enquadramento não há.
Edifício Itália e Copam atrás
Edifício Copam
Museu de Arte Contemporânea da USP - Ibirapuera
Museu de Arte Contemporânea da USP - Ibirapuera
Laje + turistas
Oca de Oscar. A gente sai de Brasília, mas Oscar não sai da gente!
Café do MAM (Museu de Arte Moderna)
Os gêmeos
A laje mais bem utilizada que já vi na vida.
Auditório Ibirapuera
Encontrei umas princesas perdidas pela parque.
Continua na próxima!
Amiga, seu blog ta cada dia mais lindo. Amo!
ResponderExcluirSaudades de você ♥