Hoje faço uma exceção e vou interromper alguns posts internacionais pois é um dia especial, hoje é dia de Brasil. 512 anos de descobrimento. 22 de abril de 1500 que poucos se lembram e que mal comemoram a data.
Estando fora por uns tempos (atualmente 2 meses e alguns dias) posso ver e sentir muito facilmente as diferenças entre os países europeus e o Brasil. Sim, não há ainda como comparar o avanço tecnológico e econômico do nosso país com os países europeus por que temos aí uma diferença histórica bem relevante e apesar de tantos processos que o nosso país enfrenta hoje, ainda não conheci por aqui algo que me fizesse sentir como eu me sinto em casa.
Os problemas que temos aí são quase irrelevantes quando se tenta conviver socialmente com pessoas de alguns países por aqui. Algumas culturas e pessoas são tão impessoais e frias que sinto como se fizesse parte de todo o mecanismo correto e rígido da hora perfeita que o trem chega à estação, do minuto exato que tudo tem que acontecer, da calçada correta que tenho que andar, do jeito que tem que me tratar quando entro em uma loja por que sou uma pessoa desconhecida. Admiro a funcionalidade e a agilidade da vida europeia, quero isso no meu país e é por isso que estou aqui, conhecer as diferenças para fazer de fato alguma diferença. Porém tanta impessoalidade me faz sentir menos humana, menos gente, menos normal e mais um peixe fora d'água como se tudo na vida precisasse de uma regra. Toda essa rigidez e organização extrema faz perder o brilho da vida, a naturalidade do cotidiano e a fluidez dos sorrisos. Não sei ser assim, não quero ser assim.
Moro em um país tropical, que ainda possui muitos problemas sociais, políticos, econômicos, ecológicos.....a serem resolvidos, mas em compensação é muito abençoado por Deus e muito bonito por natureza. Sinto saudades de andar nas ruas e ver as pessoas sorrindo por que sorrir faz bem, abraçar por que é saudável, ser gentil por ser gentil.
Estou amando a minha vida europeia, os novos amigos, as novas culturas, as novas experiências, os novos descobrimentos, mas não há lugar melhor no mundo do que nossa casa. E mesmo fazendo mais calor do que eu gostaria e havendo mais contradições do que deveria eu amo meu país e tudo de bom que ali se tem, e tudo de ruim vou tentar mudar.
Vamos aproveitar tudo que nossa cultura farta, nosso povo feliz, nossas belas terras tem para nos oferecer sem medo de ser feliz nunca!
Adorei seu comentário e sua postagem de fotos. Ainda nesta semana fui à Brsília capital para visitar a 1ª Bienal Brasil do Livro e Literatura, foi ótimo estar lá, o céu azul, dia quente, grama verdinha, movimentos de carros e ônibus, aquela paisagem única que só Brasília tem de amplidão e modernidade. Amo este lugar! Rox
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