E o dia mais esperado de todo o tempo vivido em Portugal chegou. Chegou o ilustre momento de finalmente conhecer a nonninha mais famosa de todo os intercâmbistas de Faro. Foi em uma manhã clara, fresca e de muito sono que tivemos nosso primeiro contato com a nonna Franca (que para quem não sabe, é a vó de Gianluca). Como a nossa nonna italiana não falava inglês, nós nos esforçamos muito para tentar conversar o máximo em italiano com ela, depois de alguns meses de convivência com o italiano e alguns dias com os amigos dele, era possível trocar algumas palavras com a vó sem um intérprete o tempo todo.
Apesar de eu ter dormido quase metade do caminho de Torino para Impéria (é San Bartolomeo al mare, mas é perto de Imperia), a estrada é linda rodeada por uma vegetação densa e alta. Paramos em uma vila pequena muito linda, onde tomamos um café + brioche deliciosos e compramos sabonetes de Lavanda e Lavandas secas, que andou quase toda a Itália e chegou bem ao Brasil.
A nonna Franca foi a melhor surpresa que tivemos, já sabíamos que ela era fofa pelas histórias ouvidas ao longo de um convívio com o neto dela, mas ao conhecê-la tudo parecia muito mais simples e bonito, do que criamos em nossas mentes. A nonna nos deu toda a atenção que ela podia e quase nos adotou como netinhos (digo eu e Anita, por que Luigi ela elegeu como neto), nos contou coisas engraçadas da vida, fazia cafézinho na cafeteirinha italiana, e nos levava na mão, enquanto ficávamos conversando e olhando para o mar por um espaço da varanda (era tão bonitinho).
E finalmente conhecemos o mar Mediterrâneo que para nossa incrível surpresa tem águas quentinhas quase como as da Bahia, mas mais quentes que as do Sudeste brasileiro e muuuuuuuito melhor que o Atlântico de Portugal. Era possível ficar horas na água sem incomodo algum e andar metros e metros sem afundar e posso dizer que as praias são bem particulares, bem diferente do que estamos acostumados aqui para baixo no Brasil, mas me agradaram e muito.
Depois do mar fizemos toda a aprontação para um jantar a luz da lua ao pé da igreja com toda a família, rapidamente por que a vó já nos esperava a horas e estava um pouco brava pelo nosso atraso, mas ainda deu tempo de colocar o vestido da noite (como a vó mesma nomeou) e ir andando ao lugar que tínhamos já conhecido durante o dia. A igrejinha estava iluminada artificalmente mas era muito bela e fazia o cenário perfeito para a janta que foi embaixo de alguma árvore, com algumas zanzaras zonzando nas nossas pernas e ótimos amigos. E o primeiro prato foi, pasta ao molho pomodoro com manjericão para mim e Anita, e pasta com algum peixe para os carnívoros, vinho tinto que não me lembro o nome, não bastando a pasta toda, ainda vem o segundo prato, que era salada para mim e mais alguma coisa com peixe para os que comem. Enquanto comíamos nossas mentes pertubadas de arquitetas começam uma louca conversa sobre arquitetura de museus, seus prós, contras e tudo mais (por que esse tipo de conversa não tem hora para acontecer) e gerou tanta polêmica que a vó assustada perguntou para Luigi se estamos brigando (eu e Anita claro), e Luigi com aquela cara de calmaria de sempre, responde que estamos apenas conversando sobre arquitetura e que isso é normal. Agora a vó pensa que somos levemente doidas por começarmos assuntos assim na hora do jantar. Acho que devo mandar um postal com desculpas.
Abaixo tem mais algumas das 2 mil que tenho guardadas!
Cara de agonismo.
Praia confortável de rocha!
A despedida da nonna!
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