O dia rendeu as andadas de bicicleta pela cidade, uma visita ao Museu egípcio de Torino (que é o segundo maior acervo do mundo. Itália ladrona do patrimônio egípcio) e eu vi uma múmia ao vivo e ela tinha cabelo. Foi super estranho, diverso, particular e alguns momentos schifo, mas foi um contato interessante e curioso saber que isso existe há tantos mil anos e está praticamente intacto e ainda tem cabelos. No percurso para a o cartão postal de Torino o Mole Antonelliana que começou como uma sinagoga e hoje é o museu de cinema, tivemos um tempinho interessante comendo Kebab (chega de pizza e massa por que os brasileiros não aguentam tanta massa assim de uma vez só) no calor de sei lá quantos mil graus e um papo de matar saudades com a amiga da Toscana, e gelatto italiano.
O Museu do Cinema é lindo e me rendeu uma BOA surpresa. Sabe aquele lugar que você vê em revista e jamais imagina que vai estar nele algum dia? Então, eu tinha este lugar na minha memória, mas usei somente como referência estética no projeto de final de graduação do curso de Design de Interiores, quando de repente, ele é café do Museu do Cinema e estava cara a cara comigo. É verdade que eu tinha um amor particular por ele, tanto que usei um conceito parecido no meu projeto, mas não me lembrava jamais que era na Itália, muito menos no lugar onde estava. Claro que eu soltei um sussurro muito alto e quase matei os amigos de susto, mas foi por uma boa causa (depois dessa já voltava feliz). Mas também é claro que a câmera tinha que faltar a bateria e só consegui uma foto do meu barzinho.
O trajeto com a bicicleta ainda continua tarde a dentro aos arredores do rio PO (não aguento este nome, mas é de verdade) e as pessoas estavam bem curtindo o final da tarde fresca, amarela, com a grama verdinha enquanto os brasileiros e o italiano andavam de bicicleta com medo de atropelar alguém (pois eu tinha mesmo medo de fazer isso sem querer). O passeio da bici acaba no Jardim Botânico que não era tão grande, mas era formoso, sereno e muito bem cuidado e mais uma surpresa foi achar uma roda de capoeira (brasileira e angolana) embaixo de algumas árvores, onde creio eu tinham alguns brasileiros (o sutaque era muito bom pra não ser nativo) e alguns italianos. Saímos do Brasil, mas o Brasil não para de nos perseguir.
Pena não termos tido mais tempo para curtir mais a cidade, que também foi uma boa surpresa.
Os boatos que o povo do norte da Itália eram menos abertos e mais frios, não fizeram parte da nossa viagem e tivemos uma boa recepção italiana por lá, principalmente pelo pai que fez a maior janta da minha vida e quase não comi por 2 dias. E claro que a bela noite termina com muitos italianos burburando alto, comendo PIZZA e o bolinho bom da mamma do Alessandro.
Para descrever cada pedacinho deste dia quase inacabável seria necessário quase um blog novo, poderia até se chamar 'A bela viagem para a Itália' ou 'Um belo dia em Torino' de tanto especial e intenso que foi para todos que vivemos este momento. Um post como este é pequeno para descrever (apesar de ser um dos maiores).
Um pedacinho da cidade bem organizada.
Mole Antonelliana e um elevador de vidro terrível que sobe pelo meio flutuando na arquitetura. Dá um pouco de paura quando sobe.
Meu barzinho, Ciak bar.
Mais fotos de Torino em breve...
Mais fotos de Torino em breve...
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