Alguns dias foram realmente indescritíveis e metade do que eu escrever vai conseguir passar realmente o que foi este momento em nossas/minha vida. Mas escrevo para que um dia quando minha memória falhar eu reler e lembrar como a vida pode nos trazer surpresas maravilhosas quando achamos que tudo é um tédio.
Chegamos por Torino, a cidade que mal sabíamos que existia na Itália e foi a nossa primeira parada, tudo isso fruto de um encontro não programado na Pousada da Juventude no dia que eu achei ser o pior da viagem (o fatídico dia do roubo da bolsa 17/02). Foi no começo de tudo que nos despedimos de um período inesquecível e de pessoas que não existem.
Depois de um meio dia em Madrid e uma visita ao Reina Sofia, conhecer algumas obras de Dalí, Miró e Picasso foi uma boa escolha para o pouco tempo que tínhamos na cidade. A segunda opção foi uma visita ao Parque El Retiro que tem a melhor energia que já vi na vida e meu sonho é que na minha cidade tivesse um parque como este, onde todos usufruam dos espaços, andem de skate, patins, a pé, toquem violão, cantem, façam pic-nic e tudo mais. Uma noite dormida no enorme aeroporto de Madrid finalmente chegamos a Torino!
E viva a Itália!
De tão cansados só queríamos comer e dormir e Gianluca como bom italiano que é já tinha um monte de comidinhas gostosas (um monte mesmo) que só se come na Itália para nos receber. Casinha bonitinha e fofa que a mamma decorou, com atenção aos mínimos detalhes, desde as plantinhas em cia do aquecedor ao sofá da sala (não parecia casa de Gianluca de tão fofinha)! Visitamos as montanhas de Piemonte, que são lindíssimas e diferente de qualquer coisa que já vi no Brasil, com uma vegetação exuberante de grande, linda, muito verde, um vento fresco, casinhas fofas aos arredores, vistas fantásticas e o destino final era a Sacra di San Michele no Val di Susa. A igreja romana fica na ponta de uma montanha e de lá é possível ver quase toda a cidade e do outro lado pode-se ver o rio passar e a estrada que vai para França (Bonjour!), e como era verão estava tudo tão verdinho, tão agradável que poderíamos ficar ali horas admirando aquilo que não se tem todos os dias. A luz do sol era amarelada e deixava tudo mais bonito e com ar de filme antigo nas montanhas da Itália, onde a relva é bem verde, onde as parreiras já começam a dar uvinhas e tudo é sereno e calmo.
Confesso que já sinto saudades e que já queria morar em um lugar assim, onde as nonnas andam de bicicleta e tem neve no inverno!
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