Entra o 10º mês do ano, Gianluca já foi pro Peru, já acontece a primavera, já chove na cidade, jajá chega o natal e daqui a pouco já é ano que vem. Aí eu me dou conta de como o tempo passa rápido e de como perdemos coisas lindas nessa vida por comodismo. Neste ano aprendi a não ser cômoda (já não era) e que as coisas só acontecem quando agimos para elas acontecerem, e aprendi o melhor: Elas acontecem!
Esses dias sonhei que estava na Rússia e esta noite sonhei de novo que estava em algum outro país que não se falava português. Para mim, é só mais um lembrete da minha vontade e mais um meio de me inquietar e correr atrás do que quero: o mundo!
Falando em mundo de novo, aqui chega o último post da Itália, e é com certo carinho que o faço. Afinal, não é todo dia que escrevemos sobre viagens e não é todo dia que temos Roma para lembrar.
Acordamos o dia de 25 de julho para termos as experiências mais engraçadas e estranhas de nossas vidas. Perdidos no meio de Roma, eu, Luiz e Ana. Acordamos no hostel do indiano, tomamos um belo de um banho, pois já não sabíamos quando seria o próximo, tínhamos um dia inteiro de verão italiano para conhecer a cidade, andar, desbravar, conhecer, amar e odiar. Então lá vamos nós!
Paragem para comer algo e verificação de e-mail, a dona da casa passa notícias de um apartamento sujo, mal entregue e muita falta de responsabilidade, um aprendizado de que nem todo mundo tem o cuidado e a responsabilidade das coisas que você. Dali eu não poderia resolver nada, mas a preocupação ficou na cabeça e a vontade de matar um era grande. Continuando o dia, a primeira parada seria Fontana di Trevi e resolvemos fazer o percurso caminhando, pois o bus do dia anterior foi uma pequena visão do inferno e a lembrança de um transporte público bem do 4º mundo. Andadas para lá, para cá, Rua Torino, coisas interessantes por todos os lados, caos nas ruas, lojas de arte, de pasta, de vinhos, igrejas, monumentos. 30 minutos depois, chega-se perto, porém a má informação das placas nos fez andar perdidamente pelas ruas perdidos, pergunta pra um e para outro e todos parecendo loucamente perdidos. Enfim, depois de quase 1 hora e meia, chegamos a Fontana. Ué, cadê a Fontana? Perdido atrás de turistas, de turistas não de trilhões de turistas, milhões de indianos vendendo melequinhas para crianças. Um verdadeiro caos, e a melhor dica que eu dou para os que desejam visitar Roma, não vão no verão. Apesar de no frio ser muito tenso para nós às vezes, no verão é pior. Muita gente e muito calor, fica muito complicado visitar tudo com muito ânimo. Vão na primavera (março/abril/maio) ou no outono (outubro/novembro) e quem tiver muita pilha, vá no inverno. Até para tirar uma foto estava complicado, não havia espaço para se ter uma foto descente. Uma brasileira que estava sozinha nos achou e pediu uma foto, e o resultado foi 'Nossa, esta é a melhor foto que tenho de toda a viagem, muito obrigada mesmo!' Pelo menos alguém saiu com uma boa foto com a Fontana. Entrei na United Color of Beneton só por causa do ar-condicionado enquanto uma brasileira fofocava com a filha sobre as coisas, sem saber que eu falava português e é engraçado o que se ouve de brasileiros que acham que ninguém os entende!
Próxima parada: Praça Spagna e lá vamos nós dar continuidade ao passeio a pé, fugindo do sol, perdidos olhando coisas e o sono começa a bater na porta. Chegamos a praça que mais é uma escadaria que uma praça e achei que ela fosse estar toda floridinha como as fotos que vi, mas não. Só tinha turistas, tão desesperados que entravam nas fontes de calor e não nos deixava nem tirar uma foto. Como o parque era pertinho, decidimos passear um pouco por lá. No caminha passamos pela rua mais chique da Itália, todas as marcas mais finas do mundo estavam ali e às vezes tinham até duas lojas da mesma marca na mesma rua. Procurei Chanel mas não achei!
Foi juntando, fome, sede, fome, cansaço, calor, calor, sono ninguém mais aguentava andar . O passeio que começou 9 da manhã com toda força, já não era o mesmo 1 da tarde. Bora pro parque dormir e foi bem isso, depois de uma escadaria do *** subi, bebi água da fonte de graça, achamos um gramadinho e dormimos por pelo menos 1 hora. Todos ainda estavam mortos, mas melhorou, até Luiz dar a ideia de irmos ao Tevere almoçar, aí lá vem outra história.
Deu pra sentir o calor que tava? Saca só na cara de ânimo!
Praça Spagna!
Beijos para você, vou fazer compras agora!
Vista do Parque
Roma vista pelo Parque
Continua....
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