95 posts depois para 166 dias, 6 países....e um pedaço da história que nunca seria vivido na minha cidade.
Voltar foi um choque, na verdade quase um trauma. Foi depressivo e bem difícil a readaptação de volta ao velho, depois de ter vivido o que eu sempre quis. Não foi melhor só por que era Europa, foi todo um contexto que junto fez ter sido o que foi.
Para mim, foi uma questão de experimentar um estilo de vida e cultural que se encaixou perfeitamente ao estilo de vida que sempre tentei ter aqui na cidade complicada onde moro. Apesar de ser um assunto um tanto complicado de se conversar, pois comentários inúteis, ignorantes e até invejosos sempre fluem durante uma conversa sobre as coisas que existem além daqui e que sim, todos sabem que são muitas vezes superiores aos daqui, mas teimam em fazer comparações pobres para não desmerecer as coisas boas da vida brasileira, mas a verdade existe e não temos como negá-la.
Voltar foi um recomeço, que não posso negar muito mais difícil que começar uma vida em Portugal, na qual tudo era novidade e as facilidades eram tamanhas. Aqui as coisas continuavam as mesmas, as pessoas com as mesmas mentalidades e interesses, o calor seco de julho, o céu azul empoeirado, a cidade mal cuidada, os cachorros bobos alegres, o quarto com os mesmos enfeites (tinha uma cama nova), tudo continuava exatamente como em fevereiro, quando deixei a cidade cheia de esperança para minha nova vida, ao contrário de quando voltei, cheia de agonia, em pensar a ter minha vida daqui de volta. Um único grande detalhe, é que a única coisa diferente por aqui, era eu que tinha acabado de chegar. E foi aí que o sofrimento começou. Tentativas de contar sobre o inexplicável, não se explica sentimento. É tentar falar sobre lugares, pessoas, experiências, tentar explicar como a pizza italiana é diferente da que temos aqui...mas, para quem nunca viveu algo parecido, tentar dizer, é praticamente em vão. Ninguém ouve de coração, todos ouvem de curiosidade, mas no fundo, ninguém quer saber.
Só se readapta a uma vida em uma cidade que oferece pouca mobilidade, poucos lugares belos para fugir da loucura da cidade, pouca encontrabilidade de pessoas e oportunidades de se ter mais qualidade de vida todos os dias (não tô falando em andar de bike domingo no Eixão), quem é muito acostumado a mediocridade.
Este processo de me acostumar novamente a vida antiga não irá chegar ao fim, enquanto eu não mudar as coisas por aqui ou eu me mudar daqui novamente.
Um breve resumo de três meses.
A pasta italiana.
Organizando as lembranças...
Comemorações de Anita.
Aproveitando os dias quentes.
Reencontrando amigos.
Aproveitando a casa.
Coconut (L)
Gatos que são gatos, são sempre folgados!
Cachorros que são cachorros, são sempre carentes!
Testes culinários.
Chá das 5. Literalmente.
Típico dia de setembro: 37º e umidade do ar 13%
Flores de maio azuis....
A saudade....
Comemoração 2 anos de Amélie (a cachorra).
De volta aos vinhos argentinos.
Guacamole de todos os dias.
Móveis novos, ou velhos?
Minha Maria Antonieta, confidente.
Um pouco de vida, Pirenópolis.
Chuva e grama verde.
Em breve muitos frutos.
Surpresas.
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