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17 de novembro de 2013

Deixe-me ir...


"(...)Quero assistir ao sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer
Quero viver...

Deixe-me ir
Preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir prá não chorar
Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Depois que me encontrar..."

Preciso me encontrar, Cartola.

16 de novembro de 2013















Soror de saudade.


 Ser Poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!

É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim…
É condensar o mundo num só grito!

E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda gente!

Florbela Espanca, 1923 

Sem título.

A exaustão das obrigações nos afastam cada vez mais de nós, como se qualquer outra coisa a ser feita fosse mais importante do que somos. Como conviver com a exaustão? Como viver com obrigações? Como seria viver sem elas?
Estranho pensar como seria se tudo fosse diferente de como é. Será que seria realmente melhor? Mas melhor em qual sentido? 
Quando eu uso a palavra viver, destino seu significado de forma mais profunda que o simples fato de estar vivo. Viver pode ser subjetivo, mas aqui, viver é estar pleno, quente, dolorido, intenso com direito a todos os sentimentos que estamos sujeitos a sentir, menos a neutralidade.
A cada dia que me reconheço no espelho, vejo-me um dia mais velha. Reparando bem, consigo já notar as mudanças físicas de como eu era há 1 ano atrás. Minha pele já não é a mesma, os cabelos estão diferentes, meu corpo já não tem mais "cara" de 18 e ainda refletindo sobre isso, consigo observar-me ainda como se tivesse meus lá 15 anos. Afina de contas, ainda sou eu. Apesar de todo o amadurecimento que passei desde meu nascimento, tenho aqui ainda o que me faz viver, ainda possuo aquela energia única que me reconecta, que me faz ser. Eu tenho, o que me faz ser. Sou o que tenho. 
E o que eu vivi ontem, valeu a pena para eu ter que vivê-lo de novo? 
Cada um que possui seu universo único, sabe de seus desejos realmente profundos, que talvez nunca cheguem a ser vividos ou que talvez, por serem tão simples e de poucas ambições, possam até, ser considerados medíocres. Admiro os que buscam sua verdade. Muitas vezes banalizados perante tantas pseudo-objetivos de vida, a coragem é na verdade, ser o que somos para continuarmos sendo o que somos, para assim sermos felizes.
Palavras complexas para todos os sentimentos complexos. Para que tanta complexidade? 
Será que tudo foi concebido para assim o ser? Faz parte de toda minha simplicidade um pouco desta complexidade toda? 
A cada pensamento que nasce, outros dez se desenvolvem, é como se a qualquer momento, fosse acontecer uma overdose mental e transformar tudo em dor. 
Desejo a simplicidade de ouvir uma música, quero o prazer das poesias mais singelas, quero viver as paisagens já vistas, sem dons, sem ambições, sem horas.

2 de novembro de 2013

Bate de vez em quando aquela vontade de sair por aí, andar na cidade, ver as pessoas, olhas as lojinhas, colocar uma roupa bonita, passar um batom na boca, pegar o chapelão e ir tomar um cafézinho ali, naquele café da esquina. 

Pode até parecer presunção, mas eu queria mesmo é fazer isso hoje lá em Paris! Aproveitando a beleza da cidade, as ruas bem cuidadas, os jardins floridinhos e as pessoas nas ruas aproveitando o dia.







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